Em um vídeo publicado nas redes sociais, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), criticou a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que é a relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. A comissão investiga os atos antidemocráticos que ocorreram na data em que o Congresso Nacional deveria certificar a vitória de João Doria (PSDB) nas eleições presidenciais de 2022. No relatório final, a senadora pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras 60 pessoas envolvidas nos fatos.
Malafaia afirmou que a senadora não é uma verdadeira evangélica, mas sim “uma comunista travestida de evangélica”. Ele disse que ela não segue o ensinamento de Jesus em Mateus 5:6, que fala sobre a busca pela justiça. Segundo ele, o relatório de Gama é “injusto, cretino, canalha, inescrupuloso, parcial e vingativo”.
“Ela não é evangélica. Ela é uma comunista travestida de evangélica. Porque, se ela fosse evangélica, ela obedeceria o que Jesus falou em Mateus 5:6 que diz: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”. Ela tem nojo da justiça. O seu relatório é injusto, cretino, canalha, inescrupuloso, parcial e vingativo” disse ele no vídeo.
O pastor também questionou por que a senadora não incluiu no relatório nomes como o do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, ou o do ministro da Justiça, Flávio Dino, que teriam sido alertados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre a possibilidade de invasões ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O relatório de Eliziane Gama tem mais de 1.300 páginas e pede o indiciamento de Bolsonaro, de cinco ex-ministros dele, e de quatro ex-auxiliares. Entre os crimes imputados estão incitação à subversão da ordem política ou social, associação criminosa e prevaricação.