Flávio Bolsonaro, senador pelo PL-RJ, solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma investigação e suspensão da licitação conduzida pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), que visa contratar agências de publicidade no valor de R$ 197 milhões.
Ele levanta a possibilidade de favorecimento a empresas específicas e expressa preocupação com a potencial utilização dos contratos para promover a imagem pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Secom revelou na quarta-feira os ganhadores da licitação, que iniciou em janeiro deste ano, para gerenciar as redes sociais do governo federal, mas posteriormente, na quinta-feira, desqualificou duas empresas.
Além das preocupações sobre a promoção da imagem do presidente, Bolsonaro alega que o resultado da licitação foi divulgado pela imprensa um dia antes do anúncio oficial dos vencedores, o que levanta suspeitas. Ele também solicita ao TCU que investigue se há “perseguição” a adversários políticos através dos serviços das empresas contratadas.
Quanto às empresas desclassificadas, a Moringa L2W3 e a Área Comunicação foram excluídas por não apresentarem toda a documentação exigida pelo edital. Elas foram substituídas pela IComunicação e pela Clara Digital. As quatro agências devem receber aproximadamente R$ 49 milhões cada, com contratos de um ano, sujeitos a prorrogação.
Essa mudança na estratégia de comunicação digital do governo é vista como uma tentativa do Palácio do Planalto de melhorar os índices de popularidade do governo Lula, que têm declinado nas pesquisas desde o início do ano, com o presidente expressando preocupação sobre a falta de repercussão das ações governamentais entre a população.