O líder evangélico Paulo Marcelo Schallenberger, que apoiou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022, discordou do presidente sobre sua fala em relação a Israel e Gaza, durante uma viagem à Etiópia. Lula fez uma comparação entre as ações de Israel em Gaza e o genocídio de judeus por Adolf Hitler, o que Schallenberger achou “inadequado”.
O pastor, no entanto, saiu em defesa de Lula, dizendo que houve um exagero na interpretação de sua frase. “Quem se lembra que Bolsonaro recebeu a neta do general de Hitler? Uma frase mal colocada e, claro, admito que inadequada do presidente Lula causa tudo isso?”, indagou o pastor.
Ele também diferenciou o Israel bíblico do Israel político liderado por Benjamin Netanyahu, chamando o governo israelense atual de “genocida”. A fala de Lula teve consequências internacionais, fazendo com que Israel declarasse o presidente brasileiro como “persona non grata”, o que significa que Lula não é mais aceito no país.
Na política nacional, mais de 130 assinaturas já foram coletadas no Congresso Nacional para um pedido de impeachment contra o presidente. Paulo Marcelo, que poderia ter assumido uma função na Secretaria-Geral da Presidência para melhorar a comunicação com as igrejas, continua sem cargo no governo mais de um ano depois do começo do mandato de Lula.