O jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, informou que Arthur Lira (PP-AL) e o governo federal estão agora em lados opostos, o distanciamento entre os dois, preocupa o Partido dos Trabalhadores (PT) que teme a possibilidade de o presidente da Câmara dos Deputados pautar um dos 19 pedidos de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lira tem guardado na gaveta 19 pedidos para destituir o petista, sendo o mais recente deles apresentado por Carla Zambelli (PL-SP), que obteve 140 assinaturas de apoio. O vínculo amistoso entre o presidente da Câmara e o PT foi prejudicado após Lira criticar o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O assunto veio à tona quando Lira foi questionado pela imprensa sobre a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), sendo alvo de perguntas sobre um possível enfraquecimento.
“Essa notícia hoje que você está tentando verbalizar, porque os grandes jornais fizeram, foi vazada do governo e basicamente do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, incompetente. Não existe partidarização, eu deixei claro que ontem a votação era de cunho individual, cada deputado responsável pelo voto que deu” declarou.
A legenda do presidente afirmou, em comunicado, que o deputado “compromete a liturgia do cargo” e “prejudica a harmonia entre os Poderes da República”.
“É inegável a competência e a capacidade do ministro Alexandre Padilha, tanto no atual governo quanto nas inúmeras oportunidades em que serviu aos interesses do povo brasileiro” ressaltou o PT, ao expressar sua “total solidariedade” a Padilha.
Após esse incidente, Lira ficou de fora da lista de parlamentares que foram beneficiados com emendas parlamentares no valor de R$ 2,4 bilhões. O deputado também informou ao colégio de líderes que está considerando autorizar até cinco Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).
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