O assessor especial de assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, expressou seu apoio ao Irã após o ataque contra Israel. Em declarações ao site UOL no domingo, 14 de abril, Amorim destacou que o Irã estava buscando fazer uma manifestação em resposta ao ataque ao seu consulado na Síria.
Amorim, em sua entrevista, observou que a reação dependerá da resposta do governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao incidente.
Ao defender o Irã, ele ressaltou a complexidade da região e a dificuldade em determinar quem iniciou a crise. Segundo Amorim, o ataque iraniano foi uma resposta ao bombardeio ao consulado de Teerã em Damasco, ocorrido no início de abril.
Ele também enfatizou a importância da Guarda Revolucionária Iraniana na estrutura de poder em Teerã, observando que um oficial de alta patente morreu no ataque ao consulado.
No sábado, o Irã lançou drones e mísseis contra uma base militar em Israel. A grande maioria dos projéteis foi interceptada pelas Forças de Defesa de Israel.
Após o ataque, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu um comunicado, mantendo uma postura neutra em relação ao Irã, em linha com Rússia e China, que alertaram sobre os riscos dos ataques, mas evitaram condenar o governo iraniano.
Amorim destacou que, apesar dos mísseis não atingirem seus alvos, a questão central é como Israel irá reagir. Ele também confirmou que não há planos para convocar o G20, presidido pelo Brasil, ou o Brics para lidar com essa questão.