O magnata e proprietário do X (anteriormente conhecido como Twitter), Elon Musk, respondeu ao ser incluído no inquérito das milícias digitais pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, convidando o juiz brasileiro para um debate público, como divulgado em sua conta nas redes sociais nesta segunda-feira (8).
Em sua postagem, Musk compartilhou um vídeo explicando por que não cumpriu as ordens de Moraes, alegando que não podiam informar aos usuários banidos que era por solicitação do ministro, optando por atribuir as ações às suas próprias regras.
O empresário destacou essa questão como central e convidou Moraes para um debate aberto. “O que você diz, Alexandre de Moraes?”, indagou Musk.
This is the heart of the problem. What say you @Alexandre?
Let us debate this in the open. https://t.co/E2HsU6Winr
— Elon Musk (@elonmusk) April 8, 2024
Moraes, em sua decisão, reiterou que a internet não é uma terra sem lei e que as plataformas têm responsabilidades sobre seu conteúdo. Ele enfatizou a importância da dignidade humana, da proteção à vida dos jovens e da manutenção do Estado democrático de direito, colocando-os acima dos interesses financeiros das redes sociais e dos serviços de mensagens privadas.
No sábado, Musk anunciou a remoção de todas as restrições das contas no X determinadas pela Justiça brasileira, mas até agora, essa promessa não foi cumprida.
Moraes acusou Musk de liderar uma “campanha de desinformação” sobre o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), argumentando que o X e Musk desrespeitaram a soberania brasileira. O ministro considerou as ações de Musk como uma clara obstrução à Justiça brasileira, incitação ao crime e ameaça pública de desobediência às ordens judiciais, o que, segundo ele, desrespeita a soberania do Brasil e reforça a conexão criminosa da plataforma ex-Twitter, agora X.
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