A Polícia Federal realizou a Operação Tempus Veritatis, que investiga uma possível organização que tentou obter benefício político com a permanência de Bolsonaro no poder. A operação mirou não só ex-ministros e aliados do ex-presidente do PL, mas também o próprio Bolsonaro. Segundo o site Metrópoles, o colunista Igor Gadelha informou que a PF foi à residência de veraneio de Bolsonaro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e solicitou que ele entregasse o passaporte.
Bolsonaro confirmou ao veículo que foi visitado pelos policiais e que recebeu a ordem de entregar o documento, que está em Brasília, em 24 horas. Ele também disse que está proibido de se comunicar com outros investigados pela operação, inclusive por meio de advogados, por uma medida cautelar restritiva. Além disso, Bolsonaro contou que os agentes fizeram uma busca e apreensão na casa dele contra Tércio Arnaud, seu assessor que estava com ele em Angra. De acordo com o ex-chefe do Executivo, o celular de Tércio foi apreendido.
A Operação Tempus Veritatis cumpriu nesta quinta 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Entre os alvos da operação estão os ex-ministros da Justiça Anderson Torres; do GSI general Augusto Heleno, o vice de Bolsonaro em 2022, general Walter Braga Netto; o ex-ministro da Defesa Sérgio Nogueira; e até o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, conforme a CNN Brasil.
Entre os presos estão o ex-assessor internacional da Presidência, Filipe Martins, e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.