A Comissão de Família da Câmara dos Deputados recebeu nesta quarta-feira (8) o pastor Silas Malafaia, da ADVEC, para discutir um projeto de lei que quer impedir o reconhecimento legal da união entre três ou mais pessoas. O líder evangélico foi o único a favor do projeto, enquanto os outros três convidados se manifestaram contra. Eles foram o professor e advogado Marcos Alves da Silva, vice-presidente do IBDFAM; Renata Cysne, diretora nacional do IBDFAM; e o juiz Pablo Stolze Gagliano, membro da Academia Brasileira de Direito Civil. Eles defendem a união poliafetiva como uma realidade social que merece direitos civis e previdenciários.
“Esse projeto nega uma realidade que existe e que vai continuar existindo. Quando se proíbe algo assim, a primeira coisa que acontece é a fraude. E essa proibição não vai fazer com que essas relações [entre três ou mais pessoas] deixem de existir” afirmou o juiz.
Malafaia contestou, citando outras formas de união que são ilegais, mas que têm uma minoria que as pratica. O líder religioso perguntou, em seguida, se essas também deveriam ser legalizadas.
“A Constituição proíbe a poligamia. E o Código Civil também. Essa conversa de defender minoria é muito interessante… a zoofilia é realidade, vamos legalizar? Então, essa conversa de que tudo que é realidade na sociedade temos que legalizar, daqui a pouco vamos legalizar a pedofilia” disse.
Para Malafaia, que é psicólogo, permitir todas as combinações possíveis seria um prejuízo para a sociedade brasileira, gerando muitos problemas judiciais e previdenciários.
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