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Igreja Católica recebe denúncia formal de assédio sexual contra padre Júlio Lancellotti

O padre Júlio Lancellotti passa a ser — oficialmente — alvo de denúncia de assédio sexual na Igreja Católica. A Arquidiocese de São Paulo, por meio da divisão episcopal no Ipiranga, bairro da zona sul paulistana, registrou, na tarde desta sexta-feira, 9, o relato do jornalista Cristiano Gomes contra o pároco

Hoje com 48 anos, Gomes alega que foi vítima de assédio sexual por parte de Lancellotti. O jornalista relatou o caso, com exclusividade para Oeste, no fim de janeiro. Antes, ele havia falado sobre o caso em duas postagens feitas por meio de seu perfil no Facebook — mas, até então, a imprensa havia ignorado a história.

De acordo com Gomes, o caso teria ocorrido em 1987, na Paróquia São Miguel Arcanjo, que fica na Mooca, bairro paulistano vizinho ao Ipiranga. O espaço tem Lancellotti como pároco responsável. Segundo o relato do jornalista, o padre o abraçou e começou a acariciá-lo em um momento de luto. Conforme a denúncia, o religioso cometeu o assédio na sacristia da igreja, logo depois da missa de sétimo dia em memória da avó paterna de Gomes. Ele, a saber, tinha 11 anos na ocasião.

Denúncia formal contra Júlio Lancellotti

Acompanhado do advogado Diego Alves, Cristiano Gomes chegou à divisão do Ipiranga da Arquidiocese de São Paulo por volta das 14h40 desta sexta-feira. Eles só deixaram as dependências da Igreja Católica depois das 16h40.

Durante as duas horas em que esteve na unidade da Arquidiocese de São Paulo, Gomes conversou com o padre Ricardo Cardoso e com um psicólogo, que ele não soube informar o nome. A Oeste, o jornalista afirmou que a conversa serviu para, de forma oficial, a Igreja Católica receber a denúncia

Gomes, que era coroinha da paróquia em que Lancellotti celebra missas até hoje, reforçou que lidou com perguntas sobre como o caso de assédio sexual teria ocorrido. Nesse sentido, endossou o que já havia dito à reportagem de Oeste. Ele também respondeu o motivo da denúncia ocorrer “somente agora”, em ano de eleições municipais — com o pré-candidato pelo Psol à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, sendo próximo de Lancellotti. Interpelado sobre isso, o jornalista lembrou que já tinha abordado o assunto em 2018 e 2022, em conteúdos divulgados pelas redes sociais.

Denúncia pode avançar

Por fim, Gomes avisou que o padre que o ouviu nesta tarde deu prazo de dez dias para um retorno. Ele só não soube dizer se são dez dias “corridos” ou úteis. Conforme relatou-se, depois desse período, a Igreja Católica dará um parecer. O caso pode ser arquivado, mas há a possibilidade de a denúncia avançar, com a Arquidiocese tomando medidas contra Lancellotti. A igreja, no entanto, não divulgou qual poderá ser o tipo de uma eventual punição.

Com a formalização da denúncia de assédio sexual, 12 membros da Arquidiocese de São Paulo irão avaliar o relato de Gomes. “Estou aliviado e esperançoso”, confidenciou o ex-coroinha. “Espero que a denúncia avance e que, assim, a Igreja Católica e todas as pessoas conheçam, não o personagem padre, mas o homem Júlio Renato Lancellotti.”

*Revista Oeste

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