A repórter Eliane Cantanhêde, da GloboNews, defendeu na sexta-feira (2) que o Estado regulamente as igrejas evangélicas, que, segundo ela, “enganam” pessoas com “pouca informação” e que “estão em situação difícil”.
Ela falou no programa Em Pauta, apresentado por Marcelo Cosme, sobre a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostrou que o Brasil tem mais locais de culto ou outros tipos de estabelecimentos religiosos do que a soma de escolas e unidades de saúde.
Cantanhêde lembrou que o país sempre foi um dos mais católicos do mundo e que tem observado o aumento das igrejas evangélicas. Depois, ela atacou o segmento.
“O fato é o seguinte, a pena disso tudo é que muita gente se aproveita da boa-fé de pessoas mais humildes, que tenham menos informação ou estejam sofrendo, desesperadas, sem emprego ou solitárias. É fácil alguém chegar lá, cria uma empresa que se chama igreja, põe um nome, cria uma conta bancária, não paga IPTU, não paga os impostos e ludibria a boa-fé” afirmou ela.
A jornalista continuou com os ataques contra as igrejas e sugeriu que o governo prestasse mais atenção a esta questão, no sentido de impor um limite na forma como elas trabalham.
“É bonito as pessoas acreditarem, as pessoas terem fé, acreditar nos dogmas, mas falta um pouquinho do Estado dar mais atenção a essa questão, porque chega num limite em que não é mais religioso, nem mais pessoal, é rentável e isso é triste, deixar os cidadãos menos informados, que são mais vulneráveis, nas mãos de gente capaz de qualquer coisa”.