Rodrigo Agostinho, ex-prefeito de Bauru (SP) pelo antigo PMDB, foi acusado de ser negligente e inerte na condução da obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade, que começou em 2015 e deveria ter sido concluída em 2016. O relatório da Comissão Especial de Inquérito da Câmara Municipal de Bauru, finalizado em julho de 2020, responsabiliza a empresa COM Engenharia, contratada para a obra, e também cobra mais iniciativa da gestão de Agostinho, que era o prefeito na época do início dos trabalhos.
Agostinho, que atualmente preside o Ibama, órgão ligado ao ministério de Marina Silva, vai depor na CPI das ONGs nesta terça-feira, 7, para esclarecer a relação do instituto com as entidades do terceiro setor na região amazônica. Em nota, ele negou qualquer desonestidade ou deslealdade com o patrimônio público e com os moradores de Bauru.
A obra da ETE teve um aumento de custo de quase R$ 130 milhões para cerca de R$ 150 milhões entre 2015 e 2017, segundo o portal g1. Além disso, o Centro de Apoio Operacional à Execução, órgão do Ministério Público de São Paulo, detectou diversas irregularidades na estrutura da ETE em 2020. Atualmente, a maior parte do esgoto da cidade é despejada no Rio Bauru, que deságua no Tietê.
Saneamento em Bauru Bauru está na 76ª posição no ranking de saneamento básico entre as 100 maiores cidades do Brasil em 2023, de acordo com o instituto Trata Brasil, que divulgou os dados no começo deste ano. A Câmara Municipal está analisando um projeto que prevê uma nova concessão da ETE para outra empresa, já que a prefeitura rompeu o contrato com a COM Engenharia.
VÍDEO RECOMENDADO PARA VOCÊ: