O ministro Luís Roberto Barroso, que preside o Supremo Tribunal Federal (STF), criticou a política de drogas no Brasil, chamando-a de “fiasco” e “baseada em superstições”. Ele fez essas afirmações no evento Macroday, organizado pelo BTG Pactual, e transmitido pela internet. A reportagem é do Estadão.
Barroso comentou sobre o caso que discute a descriminalização do uso de drogas para fins pessoais, que está em julgamento no STF. Ele disse que o Congresso já aprovou a descriminalização, mas que o STF precisa definir qual é a quantidade de droga que diferencia o usuário do traficante. Segundo ele, hoje essa decisão fica a cargo da polícia, que muitas vezes usa critérios “discriminatórios” ou “racializados”. Ele afirmou que há muitas superstições em torno das drogas, e que a política atual é um fracasso.
O ministro também informou que a ação que trata da descriminalização do aborto voluntário, que é de sua relatoria, não será julgada este ano pelo STF. Ele disse que, como presidente, gostaria de “pautar tudo”, mas que vai deixar o tema do aborto para 2024.
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