O Exército Brasileiro ainda procura esclarecer como 21 armas foram furtadas do Arsenal de Guerra de Barueri (SP).
O general de brigada Mauricio Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, afirmou nesta quarta-feira, 1º, que as Forças ainda analisam as imagens para saber como o armamento sumiu. Duas metralhadoras ponto 50 ainda não foram encontradas.
“Agora, detalhes de como saíram essas armas estão sendo investigados”, disse. “As imagens estão no IPM [Inquérito Policial Militar]. Não podemos divulgar essas imagens”, afirmou.
Segundo Gama, o Exército tem inúmeras informações, mas ainda não pode divulgar “para não atrapalhar as investigações”.
Roubo
As 21 metralhadoras foram levadas para fora do quartel, provavelmente entre os dias 5 e 8 de setembro, para que fossem negociadas com facções criminosas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O roubo só foi descoberto pelo Exército mais de um mês depois do crime, no dia 10 de outubro, durante uma inspeção no quartel. Três dias depois, o caso se tornou público.
Imagens do Exército
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 1º, Gama declarou que as imagens do circuito interno e outras perícias técnicas são utilizadas na investigação.
“Pelo lapso temporal, as câmeras têm um tempo de armazenamento”, disse sem informar se faltou memória para registrar tudo o que aconteceu. Há também a possibilidade de que as câmeras tenham sido desligadas.
Sobre possíveis pedidos de prisão preventiva, Gama declarou que é preciso mais indícios para prender uma pessoa.
“O que posso garantir é que está muito avançada a investigação”, disse.
Duas armas encontradas
Também nesta quarta-feira, 1º, duas armas do Arsenal foram localizadas em um carro no Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil fluminense, o armamento estava no veículo de um fornecedor do Comando Vermelho.
Em busca de pistas que levem à recuperação das últimas duas metralhadoras furtadas do Arsenal, homens do Exército e do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar realizaram, na manhã desta quarta-feira, 1º, uma nova operação em Guarulhos (SP). Mas nada foi encontrado e a operação terminou um pouco antes das 9 horas.