As contas públicas brasileiras fecharam o período de janeiro a agosto de 2024 com um déficit de R$ 100 bilhões, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (3). Esse valor reflete o chamado déficit primário, que ocorre quando os gastos do governo superam a arrecadação de impostos e tributos. O desequilíbrio é atribuído ao crescimento das despesas governamentais, enquanto a arrecadação, apesar de robusta, não foi suficiente para cobrir os custos.
Embora o montante seja significativo, ele é menor do que o registrado no mesmo período de 2023, quando o déficit atingiu R$ 105,88 bilhões. Apesar dessa melhora, o resultado coloca o desempenho fiscal dos primeiros oito meses de 2024 entre os cinco piores desde 1997.
A arrecadação de tributos bateu recorde nos primeiros meses do ano, somando R$ 1,38 trilhão entre janeiro e agosto. No entanto, as despesas do governo continuaram a subir, totalizando R$ 1,48 trilhão, uma alta de 7,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Quando se avaliam os últimos 12 meses, o déficit até agosto de 2024 chega a R$ 227 bilhões, correspondendo a 1,98% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, o que evidencia o desafio fiscal enfrentado pelo governo brasileiro.
VÍDEO RECOMENDADO PARA VOCÊ:
VAZA VÍDEO DE MALAFAIA E CLIMA FICA TENSO ENTRE O PASTOR E PABLO MARÇAL