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Catástrofe confirma a negligência do presidente Lula, avalia Estadão

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A catástrofe provocada pelas queimadas no país não foi uma surpresa para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde o início deste ano, o governo petista teve acesso a ofícios, notas técnicas, atas de reuniões e processos judiciais que o avisaram sobre as consequências da seca e o perigo de incêndios florestais de grandes proporções.

A informação foi divulgada na última sexta-feira, 13, pelo jornal O Estado de S. Paulo. Nesta segunda-feira, 16, o veículo comentou, em seu editorial de opinião, que, com essa leniência do Executivo, o Brasil assistiu ao avanço das queimadas no Pantanal, Amazônia e Cerrado, à destruição de lavouras em Estados como São Paulo e à dispersão da fumaça por pequenas e grandes cidades, com danos à saúde da população.

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“Se havia alguma dúvida sobre a letargia e a negligência do presidente Lula da Silva na administração da imensa crise ambiental do país, não há mais”, disse o Estadão.

Ministério do Meio Ambiente avisou ao presidente Lula sobre possível catástrofe

Segundo o jornal, o Ministério de Meio Ambiente, de Marina Silva, publica desde fevereiro portarias com declaração de emergência ambiental e risco de incêndios em várias regiões. Em junho, a pasta enviou a Lula um ofício no qual citava “emergência climática com alto risco de incêndios no Pantanal e na Amazônia”.

Lula também recebeu um ofício com um pedido de ajuda do governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), para reduzir ou mesmo evitar os impactos de um “possível desastre”. Ministérios Públicos, comunidades indígenas e organizações ambientais também avisaram sobre o que estava por vir.

“Desse modo, o intolerável é saber que tantas perdas eram evitáveis ou poderiam ter sido minimizadas”, ressalta o Estadão em publicação intitulada “Não foi por falta de aviso”.

O governo Lula diz que agiu, sim, mas o jornal avalia que faltou à sua gestão a antecipação de medidas e iniciativas firmes na prevenção e no combate às queimadas – criminosas ou não. “O Brasil precisa de ações permanentes, e não apenas reativas, que sempre são adotadas pelo governo lulopetista apenas quando sob pressão”, disse o editorial. 

*Revista Oeste

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