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Vídeo: Lula cita dados mentirosos sobre a fome no Brasil durante Cúpula do G20

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Na abertura do primeiro dia da Cúpula de Líderes do G20, nesta segunda-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações sobre o combate à fome no Brasil, que geraram questionamentos devido à inconsistência dos dados apresentados.

Declarações de Lula sobre a fome no Brasil

O presidente afirmou que o Brasil saiu do Mapa da Fome da FAO em 2014, mas retornou em 2022. Ele destacou ainda o impacto de programas sociais implementados em seu governo:

“Conseguimos sair do Mapa da Fome da FAO em 2014, para o qual voltamos em 2022, em um contexto de desarticulação do Estado de bem-estar social. Foi com tristeza que, ao voltar ao governo, encontrei um país com 33 milhões de pessoas famintas. Em um ano e 11 meses, o retorno desses programas já retirou mais de 24,5 milhões de pessoas da extrema pobreza. Até 2026, novamente sairemos do Mapa da Fome.”

A origem e o contexto dos dados citados

Os números mencionados por Lula foram baseados na pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Pessan), divulgada em junho de 2022. Este levantamento, realizado entre novembro de 2021 e abril de 2022, visitou 12.745 domicílios e concluiu que 33 milhões de brasileiros enfrentavam insegurança alimentar grave, equivalente a 15% da população na época.

No entanto, especialistas questionam a metodologia da pesquisa, que se baseou em respostas a oito perguntas e não forneceu detalhes aprofundados sobre os critérios adotados.

Divergências com dados da ONU

Relatórios das Nações Unidas apontam números significativamente diferentes. De acordo com cinco agências da ONU, entre 2021 e 2023, cerca de 8,4 milhões de pessoas enfrentavam fome no Brasil. Além disso, o relatório estima que 39,7 milhões de brasileiros viviam em insegurança alimentar moderada e 14,3 milhões em estado severo.

As discrepâncias entre os números expostos pelo presidente e os dados internacionais levantam debates sobre a precisão das informações e a necessidade de maior transparência no uso de indicadores.

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