O procurador-geral da República, Paulo Gonet, negou uma declaração feita por Pablo Marçal (PRTB), que afirmava a existência de um pedido de prisão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi apresentada por Marçal durante um evento para seus aliados, onde ele atribuiu as críticas recentes do pastor Silas Malafaia a Bolsonaro ao suposto pedido feito por Gonet.
Durante o discurso, Marçal, que foi candidato à Prefeitura de São Paulo, declarou: “O procurador-geral da República tem um mandado de prisão contra o Bolsonaro e o pior virá após as eleições com o capitão”.
Contudo, em entrevista à CNN Brasil, Paulo Gonet desmentiu a alegação, classificando-a como “um completo delírio”. Ele esclareceu que, conforme a legislação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não tem autoridade para emitir mandados de prisão; tal competência cabe exclusivamente ao Judiciário. Ainda que existam investigações em andamento envolvendo o ex-presidente, Gonet afirmou que não há, no momento, fundamento jurídico que justifique sua detenção.
O procurador-geral também explicou que qualquer decisão sobre denúncias ou arquivamentos dependerá do desfecho das investigações que estão em curso. “A decisão sobre denúncia ou arquivamento, inclusive, depende de conclusão de inquéritos em curso. Não deve acontecer neste mês ”, afirmou Gonet.
Com isso, a declaração de Pablo Marçal foi rechaçada, destacando a importância de esclarecer o papel e os limites de atuação da PGR em relação a processos criminais envolvendo figuras públicas.