A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Vila Velha, Espírito Santo, está investigando graves acusações contra o pastor Leonardo Fraga Ramos, ligado à Igreja Reformada de Vila Velha. Boletins de ocorrência registrados na DPCA apontam que ele teria assediado suas enteadas, incluindo situações de vigilância invasiva e pressão psicológica para ocultação dos fatos.
No dia 29 de outubro de 2024, uma das jovens de 16 anos denunciou que o pastor a observou e gravou em vídeo enquanto ela tomava banho. Assustada, ela recorreu a uma amiga, que prontamente avisou sua mãe. Ao ser confrontado pela mãe, o pastor teria admitido o ocorrido, mas, segundo a adolescente, não era a primeira vez que o padrasto agia de forma imprópria.
Além disso, a irmã mais velha da vítima, hoje com 18 anos, também relatou ter sido assediada anteriormente pelo mesmo líder religioso. Esse padrão de comportamento preocupante levou a família a buscar apoio das autoridades, temendo que outras jovens possam estar sob risco.
Os documentos de denúncia incluem alegações de que o pastor, juntamente com outros membros da Igreja Reformada de Vila Velha, teria pressionado a família para que o caso não fosse levado à polícia. A liderança religiosa teria sugerido que a questão fosse resolvida de forma sigilosa, mas a mãe das jovens recusou a proposta e optou por denunciar oficialmente.
A Polícia Civil do Espírito Santo está agora colhendo depoimentos de possíveis vítimas e testemunhas para dar prosseguimento à investigação. Até o momento, a Igreja Reformada de Vila Velha não se manifestou publicamente sobre o caso, e o pastor Leonardo Fraga Ramos também não deu declarações.