Uma declaração contundente da missionária Zete Alves movimentou o cenário evangélico nas redes sociais nesta semana. Em um vídeo que rapidamente ganhou repercussão, a pregadora demonstrou profunda insatisfação com o que presenciou durante um culto da Assembleia de Deus: homens usando piercings e mulheres vestidas com calça jeans e minissaias atuando na condução do louvor.
Zete não poupou palavras ao expressar seu incômodo, classificando a cena como um verdadeiro “desfile no altar”. “Fiquei perplexa”, afirmou ela, antes de garantir que falaria abertamente sobre o assunto. Em tom crítico, chegou a ironizar uma das cantoras presentes, comparando seu visual à decoração de Natal, dando a entender que o figurino chamava mais atenção do que a própria mensagem musical.
Contudo, a missionária foi além das roupas. Em seu discurso, denunciou o que chamou de “evangelho em liquidação” — um cristianismo permissivo, onde práticas como o consumo de bebidas alcoólicas, traições conjugais e festas mundanas seriam ignoradas, desde que os fiéis levantem a mão e repitam expressões de fé.
A fala de Zete Alves dividiu opiniões. Enquanto conservadores celebraram sua coragem em defender padrões mais rígidos de santidade e comportamento no altar, outros apontaram uma postura legalista e carente de compaixão. Nas redes sociais, muitos internautas acusaram a missionária de se apegar a aparências, reforçando estereótipos ultrapassados sobre espiritualidade e conduta cristã.
O episódio reacende um embate antigo entre tradição e modernidade dentro das igrejas evangélicas. De um lado, líderes que clamam por um retorno a valores considerados inegociáveis; do outro, fiéis que veem na flexibilização dos padrões visuais uma forma de inclusão e liberdade espiritual.
No fim, a repercussão da fala de Zete Alves deixou claro que a discussão sobre limites, doutrina, aparência e comportamento no púlpito ainda provoca fortes reações — tanto dentro das igrejas quanto nas timelines dos fiéis.