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Militar envolvido em indiciamento por tentativa de golpe já foi condecorado por Lula

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Um dos militares indiciados pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (21), acusado de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado, é o coronel Fabrício Moreira Bastos. Em novembro de 2013, ele recebeu a Ordem do Rio Branco, no grau de comendador, diretamente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa honraria, concedida pelo Ministério das Relações Exteriores, destaca serviços meritórios e virtudes cívicas.

Reconhecimento por atuação em crise internacional

A condecoração ao coronel Bastos foi uma forma de reconhecer sua atuação durante o conflito entre Israel e o grupo Hamas. Ele desempenhou um papel decisivo na repatriação de brasileiros, o que foi considerado essencial para o sucesso da missão diplomática e humanitária. Atualmente, o coronel atua como adido militar na Embaixada do Brasil em Tel Aviv, servindo como representante oficial das Forças Armadas e intermediando cooperações de segurança e defesa entre os dois países.

Expectativa de retorno ao Brasil

Designado para permanecer no cargo em Tel Aviv até junho de 2025, Bastos pode retornar ao Brasil antes do previsto para organizar sua defesa. A PF o aponta como um dos autores de um manifesto intitulado Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro. Segundo a investigação, o documento, assinado por 37 militares, teria a intenção de pressionar o Exército a aderir à suposta tentativa de golpe.

Envolvimento de outras autoridades militares

Além de Bastos, a investigação da PF abrange outros 24 militares, incluindo nomes de alta patente como os generais Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira e Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira. Também foram citados o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, e o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

Entre os nomes mencionados, estão três militares da reserva presos sob a acusação de planejar atentados contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Contexto e desdobramentos

O caso segue para análise do STF, onde será avaliado o impacto das ações desses oficiais no suposto esquema. A repercussão é grande, dado o envolvimento de figuras proeminentes das Forças Armadas e do cenário político brasileiro.

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