O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, não poderá mais se apresentar na programação oficial do São João de Caruaru, em Pernambuco, como previsto. Ele se apresentaria no próximo dia 24 de junho, no palco do Alto do Moura, ao lado da banda Brucelose, da qual é integrante.
A decisão de manter Gilson fora do evento acontece mesmo após sua soltura. Ele havia sido preso preventivamente sob a suspeita de envolvimento em um esquema para obtenção irregular de passaporte português em favor de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A prisão foi revogada na noite da última sexta-feira (13) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por ter autorizado a detenção dias antes.
Durante o período em que esteve detido, Machado ficou em uma cela isolada no Centro de Observação Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), localizado em Abreu e Lima, na região metropolitana do Recife. Ele deixou o local por volta das 23h e, ao sair, concedeu entrevista à imprensa, classificando o episódio como um “mal-entendido”.
“A própria autoridade que determinou a prisão, também reconheceu a necessidade da revogação. Estou pronto para prestar todos os esclarecimentos necessários” declarou Gilson Machado.
A informação sobre o cancelamento da participação do ex-ministro no evento junino reforça os impactos da investigação em curso, mesmo após a sua liberação judicial. O São João de Caruaru é um dos maiores e mais tradicionais festejos populares do país e tem grande visibilidade, o que possivelmente motivou a exclusão de Machado da grade artística.