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Manifestantes pedem fim da escala 6×1, mas usam serviços que adotam essa rotina de trabalho

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Durante o feriado de 15 de novembro, manifestantes de esquerda “invadiram” a Avenida Paulista, em São Paulo, para pedir o fim da escala 6×1. Alguns deles, no entanto, aproveitaram para usufruir de serviços de quem cumpre jornada de trabalho em shopping center.

Um trio de manifestantes, ouvido por Oeste na saída de um shopping, afirmou ter tido experiências “ruins” ao trabalhar em escala 6×1.

Manifestante reclama da escala 6×1

Um deles, por exemplo, disse que a atual escala de trabalho é “prejudicial” à saúde. “Fiquei apenas um mês, que foi o de experiência, não aguentei”, afirmou um dos manifestantes. “E estamos aqui por ter solidariedade pelas pessoas que ficaram em meu antigo emprego.”

Em outro momento da manifestação, grupos aproveitaram o tema do fim da escala 6×1 para pedir o estabelecimento do socialismo no Brasil. “Escala 6×1, para a casa do caralh*, aqui é juventude com o proletariado”, gritavam os manifestantes. “Esse país está no abismo, a solução é construir o socialismo.”

Movimentos que participaram da manifestação

Participaram da manifestação integrantes do grupo Vida Além do Trabalho, militantes da Organização Comunista Internacionalista e cidadãos que carregavam bandeiras de partidos como PT e PSTU. 

Pessoas com boné do MST também marcaram presença, assim como manifestantes com bandeiras e faixas da Palestina, que tem um de seus territórios, a Faixa de Gaza, controlada pelo grupo terrorista Hamas.

A PEC do fim da escala 6×1 impõe uma jornada de 4×3, sem reajuste no piso salarial. A atual jornada é adotada em setores que exigem que os trabalhadores atuem aos fins de semana, como comércio, supermercados, farmácias e restaurantes.

O texto visa a reduzir a carga horária de trabalho de 44 horas para 36 semanais, sem modificar as oito horas diárias. Com isso, os empregados trabalhariam menos dias na semana. Ou seja, em uma escala 4×3.

*Revista Oeste

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