Eleições 2024

Maioria das mulheres eleitas prefeitas nas eleições 2024 é de partidos de centro ou direita

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As eleições municipais de 2024 no Brasil revelaram uma predominância significativa de mulheres eleitas prefeitas que pertencem a partidos de direita e de centro. Das 728 prefeitas eleitas, cerca de 82,5% são afiliadas a esses espectros políticos, destacando uma tendência marcante entre os partidos de direita e centro-direita na ocupação das lideranças municipais femininas.

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) lidera a lista, com 130 prefeitas, seguido de perto pelo Partido Social Democrático (PSD), que elegeu 104 mulheres. Na sequência, o Progressistas (PP) conseguiu 89 vitórias femininas em prefeituras.

Segundo Turno: Vitórias Femininas em Capitais e Regiões Estratéticas

Das 15 mulheres que concorreram no segundo turno em 13 cidades, cinco se destacaram pela vitória. Entre elas, Adriane Lopes (PP) foi eleita em Campo Grande (MT) com 51,45% dos votos, consolidando sua liderança com o apoio da senadora Tereza Cristina (PP) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em Ponta Grossa (PR), Elizabeth Schmidt (União Brasil) foi eleita com 53,72% dos votos, enquanto Emília Correa (PL) triunfou em Aracaju (SE) com 57,46%, sendo a primeira mulher a assumir a prefeitura da capital sergipana e celebrando o marco histórico com entusiasmo.

Outra candidata que obteve vitória foi Elisa Araújo (PSD), eleita em Uberaba (MG) com 55,60%, além de Mirella (PSD), que conquistou a prefeitura de Olinda (PE) com 51,38%. O desempenho de candidatas de esquerda, no entanto, ficou aquém no segundo turno, sem vitórias entre as finalistas.

Distribuição Partidária das Prefeituras: Direita e Centrão em Destaque

A divisão partidária das prefeitas eleitas refletiu o peso da direita e do centro-direita, com 348 prefeitas eleitas no primeiro turno, representando 47,9% do total. Já o bloco de partidos do centrão somou 251 prefeitas, enquanto a esquerda e o centro-esquerda somaram apenas 129 eleitas.

Em Campo Grande, o segundo turno contou com um duelo feminino inédito, com a disputa entre Adriane Lopes, reeleita com apoio de Bolsonaro e da senadora Tereza Cristina, e Rose Modesto (União Brasil), ex-deputada que perdeu por uma diferença de menos de 3%.

Apoio Político e Influências nas Redes

Emília Correa (PL) também destacou-se, marcando um feito histórico em Aracaju e, em uma mensagem de vitória nas redes sociais, celebrou a conquista com a frase: “Estouramos a bolha, Aracaju!”. Tanto Adriane Lopes quanto Emília Correa foram as únicas mulheres eleitas em capitais brasileiras neste segundo turno, consolidando posições de destaque e apoio de lideranças de peso.

No Tocantins, uma das disputas mais acirradas envolveu Janad Valcari, que liderava as pesquisas, mas foi surpreendida por Eduardo Siqueira (Podemos). Valcari tinha o apoio direto de figuras da direita, incluindo o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), além de um ato público ao lado de Jair Bolsonaro na reta final da campanha.

Financiamento e Representatividade Feminina

Durante a campanha municipal de 2024, o PL administrou R$ 886 milhões em verbas do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), representando 17,87% do montante total do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o pleito.

Em termos de participação feminina, 15,2% dos candidatos a prefeito eram mulheres, mas apenas 13,2% foram eleitas, evidenciando a distância entre a participação inicial e o resultado final. No legislativo, a presença feminina ficou em 35%, próximo à cota eleitoral de 30%.

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