A decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano de referendar a contestada vitória do ditador Nicolás Maduro foi rejeitada pelos Estados Unidos, União Europeia e mais dez países sul-americanos até o momento. O Brasil, por sua vez, ainda não se manifestou. Espera-se que o Itamaraty faça um comunicado junto com a Colômbia.
Nesta sexta-feira (23), o governo estadunidense disse que a resolução da Suprema Corte venezuelana “carece de qualquer credibilidade, dadas as provas esmagadoras de que González recebeu a maioria dos votos”.
– As planilhas de contagem de votos disponíveis publicamente e verificadas de forma independente mostram que os eleitores venezuelanos escolheram Edmundo Gonzalez como seu futuro líder – acrescentou o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel.
Na América do Sul, dez países emitiram uma nota conjunta divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Chile. São eles: Chile, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai. Os Estados Unidos também assinaram o documento em questão, que condena a tentativa do TSJ de “validar resultados infundados”.
– Os países abaixo-assinados reiteram que somente uma auditoria imparcial e independente dos votos, que avalie todos os registros, garantirá o respeito à vontade soberana do povo e à democracia na Venezuela. Como o restante da comunidade democrática internacional, continuaremos a insistir no respeito à expressão soberana do povo venezuelano, que se pronunciou pacífica e vigorosamente em 28 de julho – acrescentam.
As nações americanas ainda expressaram profunda preocupação quanto às “violações de direitos humanos realizadas contra cidadãos que pacificamente exigem o respeito ao voto dos cidadãos e o restabelecimento da democracia”.
Na União Europeia, o clima também é de profundo ceticismo em relação ao pleito presidencial de julho. O bloco garantiu que não reconhecerá o novo governo Maduro sem ter acesso às atas eleitorais.
– É preciso provar esse resultado eleitoral. Até agora não vimos nenhuma prova e, enquanto não virmos um resultado que seja verificável, não vamos reconhecer – frisou o alto representante da União Europeia para Assuntos Exteriores, Josep Borrell.
*Pleno News
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