Nesta quinta-feira (10), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) iniciou uma operação para desmantelar uma rede criminosa especializada no tráfico de drogas. O objetivo é localizar os fornecedores dos entorpecentes que abastecem servidores e funcionários terceirizados de órgãos públicos, incluindo o Supremo Tribunal Federal (STF).
Intermediador Preso e Lista de Clientes
Douglas Ramos da Silva, apontado como intermediador entre os traficantes e os clientes ligados ao STF, foi detido no ano passado. Durante sua prisão, agentes civis encontraram um caderno contendo informações detalhadas sobre seus clientes, como nomes, apelidos e valores pagos. Os apelidos registrados incluíam termos como “Batata”, “Mijão” e “Minhoquinha”. Em alguns casos, as anotações traziam também a sigla “STF” ao lado dos nomes, por exemplo: “Rafael limpeza STF” e “Alisson STF limpeza”.
Investigação Focada nos Fornecedores
A operação realizada pela PCDF tem como foco os principais alvos identificados durante as investigações. Até o momento, foram reconhecidos quatro indivíduos que desempenham papéis centrais no fornecimento e na distribuição de drogas aos servidores e colaboradores de órgãos públicos, sendo o STF um dos locais mencionados.
Resposta do STF
Em nota oficial, o Supremo Tribunal Federal afirmou que tem colaborado com a investigação, fornecendo informações quando solicitado pela PCDF. O tribunal ressaltou que as apurações da polícia se referem a um fornecimento de drogas que teria ocorrido em um estacionamento localizado próximo à instituição, mas que tal área não é gerida pela Corte.
A administração do STF também esclareceu que tentou, em diversas ocasiões, assumir o controle do estacionamento para melhorar a fiscalização, mas não obteve autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Por fim, o STF enfatizou que não há evidências do envolvimento de seus servidores nos crimes investigados.
A Polícia Civil segue com as operações para identificar todos os envolvidos e desarticular a organização criminosa que atua nas proximidades do STF. Novas informações serão divulgadas à medida que as investigações avançarem.