O julgamento envolvendo Jair Bolsonaro e outros 36 indiciados pela Polícia Federal (PF) no chamado “inquérito do golpe” pode se arrastar até 2025. A análise do caso ainda está em fase inicial, e especialistas alertam para o longo processo até uma possível condenação.
Ex-secretário de Justiça explica o significado do indiciamento
O advogado Augusto de Arruda Botelho, ex-secretário Nacional de Justiça na gestão de Flávio Dino, esclareceu o que representa um indiciamento pela Polícia Federal. Em suas redes sociais, Botelho destacou que o ato não significa uma condenação, mas sim o início de uma investigação formal, com indícios de autoria.
“Sem querer jogar um balde de água fria, mas indiciamento significa que a pessoa está oficialmente sendo investigada e que há indícios de autoria. Ou seja, indiciamento é o começo do começo do começo do inicio”, afirmou o advogado, destacando que ainda há um longo caminho jurídico a ser percorrido.
Inquérito chega ao STF com 37 indiciados
Nesta quinta-feira (21/11), a Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito com o nome de 37 pessoas acusadas de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O caso ganhou destaque após a derrota de Jair Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2022.
Quem são os principais indiciados?
Entre os indiciados, destacam-se seis generais do Exército, incluindo três ex-ministros do governo Bolsonaro:
- Augusto Heleno,
- Braga Netto,
- Paulo Sérgio Nogueira.
Além deles, também figuram na lista dois delegados da Polícia Federal:
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça na gestão Bolsonaro,
- Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.
A complexidade do caso e o volume de envolvidos apontam para um processo demorado, que poderá ter desdobramentos apenas nos próximos anos.