Nesta quinta-feira (21), a Polícia Federal (PF) indiciou o general Walter Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A ação faz parte de um inquérito que investiga supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. O caso inclui, além de Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas.
Nota oficial do general Braga Netto
Após o indiciamento, Braga Netto divulgou uma nota oficial na qual manifestou indignação com a forma como as informações do inquérito foram divulgadas. Segundo ele, houve repasse de dados a veículos de imprensa antes que as partes envolvidas tivessem acesso formal às informações.
Trecho da nota divulgada pelo general:
“A Defesa técnica do general Walter Souza Braga Netto destaca e repudia veementemente, e desde logo, a indevida difusão de informações relativas a inquéritos, concedidas ’em primeira mão’ a determinados veículos de imprensa em detrimento do devido acesso às partes diretamente envolvidas e interessadas. Assim, a defesa aguardará o recebimento oficial dos elementos informativos para adotar um posicionamento formal e fundamentado.”
Contexto e repercussão
O caso ganhou grande repercussão nacional e trouxe à tona discussões sobre os limites de divulgação de informações em investigações sigilosas. A defesa de Braga Netto aguarda o acesso formal aos documentos para traçar a estratégia jurídica adequada e apresentar uma resposta mais detalhada às acusações.