Neste sábado, 28 de setembro, centenas de mulheres se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, para uma manifestação em apoio à legalização do aborto. O evento foi realizado em razão do Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto, que busca chamar atenção para os desafios enfrentados pelas mulheres na América Latina e Caribe em relação ao acesso seguro ao aborto.
Legalidade do Aborto no Brasil
No Brasil, o aborto é permitido apenas em casos específicos, como gravidez resultante de estupro, risco de vida para a gestante ou em situações de feto anencéfalo. Fora dessas condições, o procedimento é considerado crime, e as mulheres que recorrem ao aborto em outras circunstâncias podem enfrentar penalidades.
A manifestação contou com a participação de diversos grupos feministas, além do apoio da Bancada Feminista da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, representada pela codeputada Paula Nunes (PSOL). A parlamentar destacou a necessidade de transformar o aborto em uma política pública de saúde.
“Mesmo nos casos onde o aborto é permitido por lei, o acesso ainda é bastante limitado. Existem poucos hospitais que realizam o procedimento e muitos se recusam a oferecer esse serviço”, afirmou Paula Nunes em entrevista à Agência Brasil.
Crescimento dos Casos de Aborto Legal
Dados de 2023 revelam que foram realizados 2.687 abortos legais no Brasil, sendo 140 em meninas de até 14 anos. Esse número é mais que o dobro do registrado em 2018, quando houve 60 casos. Na faixa etária de 15 a 19 anos, 291 procedimentos foram realizados.
A luta pela legalização do aborto continua sendo um dos principais temas discutidos entre ativistas feministas e autoridades públicas, que buscam garantir o acesso seguro ao procedimento em todo o país.
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