O dólar fechou a sexta-feira (29) em alta recorde, alcançando R$ 6,11. Esse valor é o maior já registrado, resultado direto da reação do mercado ao novo pacote fiscal anunciado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, elementos técnicos, como a rolagem de contratos futuros e a disputa pela formação da última taxa Ptax do mês, contribuíram para o movimento de valorização.
Reações do mercado e lembranças de declarações passadas
A disparada do dólar trouxe à tona declarações antigas de Lula, amplamente discutidas por internautas e pela imprensa. Em 27 de junho de 2023, o presidente afirmou que aqueles que apostassem na alta da moeda americana devido à sua gestão iriam “quebrar a cara”. Na ocasião, o dólar estava cotado a R$ 5,51, o maior nível desde janeiro de 2022.
Durante uma fala direcionada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Lula reafirmou sua visão sobre os movimentos especulativos no mercado cambial:
“Eu queria, Haddad, dizer para você, pode ter certeza: quem tiver apostando em derivativo vai perder dinheiro neste país. As pessoas que apostaram em ganhar dinheiro no fortalecimento do dólar vão quebrar a cara outra vez.”
Lula também relembrou o cenário de 2008, quando diversas empresas sofreram grandes prejuízos ao apostarem na alta do dólar, citando o caso da Sadia como exemplo:
“Em 2008, quem não lembra a quantidade de empresa que quebrou? Quem não lembra da Sadia? As pessoas achavam que iam ganhar dinheiro no fortalecimento do dólar e fracasso do real quebraram a cara, e vão quebrar outra vez.”
Impactos no mercado financeiro
A nova alta do dólar reflete uma combinação de incertezas políticas e financeiras, que afetam diretamente a percepção de investidores nacionais e internacionais. A expectativa agora gira em torno de como o governo lidará com os efeitos dessa valorização e quais medidas econômicas serão tomadas para estabilizar a moeda brasileira.