Economia

Demissões no Brasil cresce em dezembro e fecha 2024 com 2 milhões de desemprego

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O Brasil registrou o fechamento de 535.547 vagas de emprego em dezembro de 2024, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Apesar da retração no último mês do ano, o saldo anual foi positivo, com a criação de mais de 1,69 milhão de novos postos formais.

Queda expressiva no último mês do ano

O mercado de trabalho brasileiro sofreu um impacto significativo em dezembro, com a demissão de 2.059.798 trabalhadores e a consequente perda de 535.547 vagas com carteira assinada. O resultado superou as expectativas do setor econômico, que previa uma queda menor, em torno de 402.500 postos.

O desempenho registrado foi o pior para o período desde 2020, quando a série histórica de medição foi iniciada. O cenário ocorreu em um momento de política monetária restritiva conduzida pelo Banco Central, com juros elevados para conter a inflação.

Saldo positivo ao longo do ano

Apesar da queda em dezembro, o Brasil encerrou 2024 com um saldo positivo de 1.693.673 vagas formais. No total, foram registradas 25.567.248 admissões contra 23.873.575 desligamentos ao longo do ano.

O Ministério do Trabalho destacou que a retração no último mês é um fenômeno recorrente e não impede a análise otimista sobre o desempenho anual do emprego formal. O saldo de 2024 se aproximou dos números de 2022, quando 2.014.424 vagas foram criadas, e superou os dados de 2023, que registrou 1.454.124 novos postos.

Setores impactados

Todos os principais segmentos da economia apresentaram redução no número de vagas em dezembro. O setor de serviços liderou as perdas, com 257.703 postos fechados. Em seguida, vieram a indústria (-116.422 vagas), construção civil, agropecuária e comércio, sendo que este último registrou uma queda de 25.084 empregos formais.

Perspectivas para 2025

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, atribuiu o resultado negativo de dezembro possivelmente à alta dos juros, mas evitou cravar uma relação direta. “Não podemos afirmar categoricamente que os juros foram os responsáveis, mas há indícios de que tenham influenciado”, disse durante a apresentação dos dados.

Para 2025, a expectativa é de estabilidade no ritmo de crescimento do emprego formal. Marinho afirmou que o mercado deve seguir tendências similares às de 2023 e 2024, sem grandes variações.

 

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