O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se posicionou contra a solicitação de soltura de Débora dos Santos, uma cabeleireira de 38 anos, presa desde os eventos de 8 de janeiro.
Débora, residente de Paulínia, São Paulo, ganhou notoriedade por ter escrito “perdeu, mané” com batom na Estátua da Justiça, localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Gonet, o pedido da defesa não apresentou novos argumentos que justificassem uma mudança na decisão anterior, que manteve a prisão preventiva da ré. “Os motivos que embasaram a decretação da prisão ainda permanecem válidos”, declarou o procurador em um parecer emitido na última sexta-feira, dia 6.
O advogado de Débora, Hélio Júnior, destacou que ela é mãe de dois filhos menores e apontou que outras mulheres envolvidas no inquérito 4922 foram liberadas em agosto de 2023. Segundo ele, Débora é a única mulher nessa situação, com filhos menores, que ainda permanece presa, o que representa um tratamento mais rigoroso em comparação a outras acusadas em casos semelhantes.
Recentemente, no início deste mês, a Primeira Turma do STF decidiu tornar Débora ré em razão dos atos cometidos durante o protesto, após um ano sem que a PGR formalizasse uma denúncia. A Procuradoria só apresentou a acusação contra Débora após o caso vir a público.
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