A Justiça dos Estados Unidos está apurando suspeitas de fraude relacionadas ao ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro, Filipe Martins. O caso envolve a suposta inserção indevida do nome de Martins no sistema de imigração norte-americano, indicando sua entrada no país em 30 de dezembro de 2022. No entanto, evidências apresentadas pela defesa demonstram que ele permaneceu no Brasil nesse período.
A suspeita é de que autoridades brasileiras possam ter manipulado o sistema de imigração dos EUA para justificar a prisão de Martins em fevereiro de 2024. Entre as provas apresentadas pela defesa, estão registros de Uber, recibos de restaurantes e bilhetes de passagens domésticas, comprovando que ele nunca deixou o Brasil. O caso ganha um contorno ainda mais grave porque o número de passaporte utilizado na suposta entrada nos EUA pertencia a um documento roubado ou extraviado dois anos antes.
Outro detalhe que chamou atenção é que o nome de Filipe Martins foi registrado de forma incorreta no sistema, com a grafia “Felipe”. Esse erro sugere uma tentativa mal planejada de forjar sua entrada nos Estados Unidos.
A investigação americana se intensificou após a posse do novo governo, que tem adotado uma postura rigorosa contra crimes que comprometam a segurança nacional. O caso será analisado dentro de um período de 60 dias, com a expectativa de que os responsáveis pela fraude sejam identificados e punidos. Especialistas alertam que essa interferência em sistemas de imigração estrangeiros pode ter repercussões diplomáticas sérias entre Brasil e Estados Unidos.
Atualmente, Filipe Martins encontra-se em prisão domiciliar, utilizando tornozeleira eletrônica e sob restrições severas de mobilidade. O caso segue sendo acompanhado de perto por sua defesa e por setores críticos ao governo brasileiro, que apontam o episódio como um exemplo de abuso de poder e perseguição política.