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Crise na Venezuela: Mais de 50 países condenam indícios de fraude eleitoral e repressão, mas Brasil se mantém distante

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Uma declaração conjunta assinada por mais de 50 nações expressa preocupação com a crise política na Venezuela, ressaltando possíveis fraudes eleitorais conduzidas pelo governo de Nicolás Maduro. Países como Estados Unidos, Canadá, Espanha, França e Suécia integram o grupo que apoia o documento, que critica duramente o regime venezuelano. No entanto, o Brasil optou por não endossar o posicionamento.

Denúncias de repressão e abusos de direitos humanos

O texto, divulgado por diversos veículos internacionais, destaca a intensificação da repressão por parte do governo Maduro. Segundo o documento, há relatos consistentes de abusos de direitos humanos, incluindo detenções arbitrárias, inclusive de menores de idade, além de mortes e violações do direito a um julgamento justo. A carta também menciona táticas de intimidação contra membros da oposição e ativistas da sociedade civil.

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Repressão contra a oposição e perseguição política

A declaração conjunta faz referência específica ao caso do candidato presidencial Edmundo González Urrutia. Conforme os registros eleitorais públicos, Urrutia foi o candidato mais votado nas eleições de 28 de julho. No entanto, ele foi alvo de um mandado de prisão emitido pelo governo, o que o forçou a deixar a Venezuela e buscar refúgio na Espanha. Esse episódio é apontado como um exemplo da “violenta repressão” enfrentada pelos opositores do regime de Maduro.

Exigências e medidas solicitadas

Os signatários do documento exigem a libertação imediata de todas as pessoas presas sem a devida garantia de um julgamento justo e pedem o fim da violência política, do uso excessivo da força e do assédio contra a oposição. Além disso, o grupo solicita o retorno do Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos à Venezuela, com o intuito de monitorar a situação no país.

Países signatários e o papel do Brasil

Entre os países que assinaram a declaração estão grandes potências e democracias de diferentes continentes, como Reino Unido, Austrália, Dinamarca, Uruguai e Portugal. Além disso, nações da América Latina, Europa e outras regiões, como Albânia, Argentina, Áustria, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Chile, Costa Rica, Croácia, República Tcheca, Estônia, Finlândia, Alemanha, Grécia, Islândia, Irlanda, Itália, Kosovo, Lituânia, Luxemburgo, Marrocos, Países Baixos, Nova Zelândia, Panamá, Paraguai, Peru e Ucrânia, também se uniram à causa.

Contudo, o Brasil optou por não participar da iniciativa, mantendo-se distante da postura adotada por esses países, que exigem mudanças significativas na forma como o governo venezuelano lida com a crise política e os direitos humanos.

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