Política Nacional

Após indiciamento, Bolsonaro se manifesta e dispara contra Moraes

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A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira (21) por suposto envolvimento em ações relacionadas a um alegado planejamento de golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições de 2022. Além de Bolsonaro, outras 36 pessoas foram incluídas no processo, entre elas o ex-ministro Walter Braga Netto, que foi seu candidato a vice-presidente, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) também está entre os citados.

Reação de Bolsonaro

Bolsonaro, em declaração à coluna de Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, criticou o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito. Segundo o ex-presidente, o processo é conduzido de forma arbitrária e criativa:

“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei.”

O ex-presidente afirmou que aguarda uma análise jurídica do indiciamento antes de se posicionar formalmente, mas destacou que o processo deverá seguir para a Procuradoria-Geral da República (PGR):

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta.”

“Criatividade” na Mira

Bolsonaro ainda ironizou o uso do termo “criatividade”, remetendo a uma troca de mensagens entre o juiz instrutor do gabinete de Alexandre de Moraes, Airton Vieira, e Eduardo Tagliaferro, então responsável pelo enfrentamento à desinformação no Tribunal Superior Eleitoral.

Tagliaferro, ao relatar dificuldades para encontrar provas contra a Revista Oeste, crítica de Moraes, teria recebido a seguinte resposta de Vieira:

“Use a sua criatividade.”

O episódio é citado como exemplo por Bolsonaro para questionar a imparcialidade do processo.

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