O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu, nesta quinta-feira (30), pela cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O julgamento teve um placar de 5 votos a 2 e atendeu à ação movida por Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que alegou que a parlamentar utilizou informações falsas para influenciar o eleitorado. A decisão ainda cabe recurso.
Motivo da cassação
A principal acusação contra Zambelli é a propagação de fake news relacionadas ao sistema eleitoral brasileiro. Além disso, a deputada também enfrenta um processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, impulsionado por um pedido do PSOL. A legenda se baseia em um relatório da Polícia Federal que aponta o possível envolvimento da parlamentar em articulações para impedir a posse do presidente Lula.
De acordo com as investigações, Zambelli teria procurado o então comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, em uma tentativa de obter apoio para um suposto plano de interferência no processo democrático. Para o PSOL, a deputada cometeu quebra de decoro parlamentar.
Defesa e reação política
Diante da decisão do TRE-SP, Zambelli garantiu que permanecerá no cargo até que todos os recursos sejam esgotados.
“Essa decisão não tem efeitos imediatos, e irei continuar representando São Paulo e meus eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis” afirmou a deputada.
Aliados da parlamentar repudiaram a cassação. A deputada Julia Zanatta (PL-SC), por exemplo, se manifestou nas redes sociais, classificando a decisão como uma forma de perseguição política.
“ABSURDO! Mas até onde irá a perseguição aos políticos de direita?” escreveu.
Próximos passos
Com a possibilidade de recurso, Zambelli deve levar o caso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão. Caso a condenação seja mantida, a deputada poderá perder o cargo e ficar inelegível para futuras eleições.