Em um país com um orçamento federal superior a R$ 5 trilhões, seria razoável esperar que a vida humana, especialmente a de quem enfrenta doenças raras, estivesse no centro das prioridades. Contudo, o recente posicionamento do STF, em conjunto com o Ministério da Saúde, ao restringir a possibilidade de judicialização para acesso a medicamentos fora da lista do SUS, evidencia uma inversão completa de valores.
O argumento de que “falta dinheiro” para atender essas demandas soa, no mínimo, contraditório. Afinal, os números mostram que não há escassez quando se trata de outros gastos. R$ 5 bilhões para o fundo eleitoral, R$ 3,3 bilhões em viagens governamentais, R$ 2 bilhões para a Lei Rouanet e R$ 897 milhões para o STF. Isso sem mencionar a aquisição de um novo avião presidencial avaliado em R$ 450 milhões. Onde está, então, o verdadeiro compromisso com a saúde e a vida do cidadão?
A judicialização para obtenção de medicamentos custou à União R$ 1,5 bilhão em 2023, representando meros 0,028% do orçamento federal. Ainda assim, foi considerada uma despesa excessiva. É inaceitável que, em um país onde bilhões são destinados a privilégios e regalias, vidas sejam colocadas em risco por um valor tão irrisório.
Essa decisão não é apenas um reflexo de prioridades deturpadas, mas também um convite à reflexão. Até quando aceitaremos passivamente que direitos básicos, como o acesso à saúde, sejam negligenciados? Precisamos nos indignar, nos posicionar e cobrar mudanças efetivas. Afinal, como diz a frase impactante: “O dia que perdermos nossa capacidade de indignação, estaremos mortos por dentro.”
Que este texto seja um chamado à ação. Compartilhe, discuta e denuncie. Só assim poderemos reverter essa realidade e garantir que, no Brasil, nenhuma vida seja deixada para trás.
A coluna Falando Sobre o Assunto com o jornalista Edivaldo Santos analisa e traz informações sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política, da economia, do gospel e em tudo que acontece no Brasil e no mundo. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e-mail veja.aquiagora@hotmail.com.