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Truth Social e Rumble processam Alexandre de Moraes nos EUA

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A rede social Truth Social, fundada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a plataforma de vídeos Rumble acionaram a Justiça americana contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters.

O processo tem como objetivo barrar determinações judiciais do magistrado, alegando que suas ordens desrespeitam a soberania dos Estados Unidos e ferem a Constituição e as leis do país. As plataformas também afirmam que Moraes ameaçou abrir uma ação criminal contra Chris Pavlovski, CEO do Rumble.

Suspensão do Rumble no Brasil

Na sexta-feira (21), Alexandre de Moraes determinou a suspensão do Rumble no Brasil, mantendo a restrição até que a plataforma cumprisse exigências judiciais e quitasse multas pendentes. A decisão ocorreu após a empresa não atender à determinação de nomear representantes legais no país.

O STF estabelece que redes sociais estrangeiras devem possuir representantes no Brasil para responder a intimações e demandas judiciais. De acordo com Moraes, a plataforma descumpriu deliberadamente as decisões da Justiça brasileira.

Declaração de Moraes e Bloqueio de Contas

No despacho, o ministro criticou Pavlovski por, segundo ele, confundir liberdade de expressão com discursos de ódio e incitação a atos antidemocráticos.

Além da exigência de um representante legal no Brasil, Moraes também determinou:

  • O bloqueio do canal do jornalista Allan dos Santos;
  • A suspensão de repasses financeiros oriundos da monetização para ele;
  • O impedimento da criação de novos perfis vinculados a Allan dos Santos.

Outras redes sociais, como YouTube, Facebook, Twitter e Instagram, cumpriram as determinações do STF e também bloquearam as contas do influenciador.

Rumble Questiona Decisão na Justiça Americana

O Rumble argumenta que Moraes extrapolou sua jurisdição ao ordenar a remoção do perfil de Allan dos Santos, que teve prisão preventiva decretada no Brasil em 2021 e está foragido.

A plataforma interrompeu suas operações no Brasil em dezembro de 2023, discordando das exigências judiciais. No entanto, retomou o funcionamento em fevereiro deste ano.

A ação movida nos Estados Unidos pode intensificar o embate entre plataformas estrangeiras e a Justiça brasileira, levantando questionamentos sobre os limites da jurisdição e o impacto das decisões judiciais em serviços digitais globais.

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