O Supremo Tribunal Federal (STF) registrou um orçamento de R$ 897,6 milhões em 2024, um valor 39% superior aos gastos da monarquia britânica, que totalizaram R$ 645,1 milhões no mesmo período. A Corte brasileira, composta por 11 ministros e cerca de 1,2 mil servidores, tem um quadro funcional maior que o da realeza do Reino Unido, que conta com 1.133 funcionários, segundo dados do Business Insider.
Despesas e destino dos recursos
No ano anterior, 59% do orçamento do STF foi destinado ao pagamento de salários, cobrindo os vencimentos de 1.146 servidores à época, conforme relatório oficial. Já para 2025, a previsão orçamentária do tribunal é de R$ 953,9 milhões, sendo R$ 895 milhões voltados para custeio e R$ 59 milhões reservados para previdência.
A comparação entre os gastos do STF e da Família Real não é recente. Em 2022, o próprio tribunal se posicionou contra essas análises, alegando que suas funções são completamente distintas e que suas despesas são planejadas e divulgadas de forma transparente.
Impacto e transparência nos gastos
As finanças da monarquia britânica estão disponíveis no site oficial da Coroa, enquanto o STF publica seus relatórios na página de transparência do Judiciário brasileiro. Além da atuação como órgão máximo da Justiça, o Supremo emite anualmente cerca de 100 mil decisões que impactam diretamente a sociedade.
A gestão dos gastos do Judiciário tem sido alvo de intensos debates, especialmente após denúncias de juízes e desembargadores que receberam supersalários, com valores chegando a R$ 1 milhão em 2024. Esses números reforçam a necessidade de maior controle sobre os recursos públicos destinados ao setor.
