Shows de cantoras gospel vão custar quase meio milhão na Marcha Para Jesus 2025

No próximo dia 1º de maio, a cidade de Goiânia (GO) será palco de mais uma edição da Marcha para Jesus, evento que reúne milhares de evangélicos em um grande ato de fé e adoração. Com programação marcada para a Praça Cívica, o encontro religioso deste ano contará com apresentações de três das maiores cantoras da música gospel brasileira: Isadora Pompeo, Valesca Mayssa e Sarah Beatriz.

Prefeito autoriza investimento público em shows gospel

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, destinou R$ 490 mil apenas para os cachês das artistas que irão se apresentar no evento. Os valores foram estabelecidos através de contratações diretas — sem licitação — justificadas pelo reconhecimento nacional e a ampla aceitação das cantoras no cenário gospel.

A autorização foi publicada no Diário Oficial do Município em portarias assinadas no dia 25 de abril de 2025 pelo secretário Uugton Batista da Silva.

Valores dos cachês pagos às artistas

Segundo os documentos, os cachês foram firmados da seguinte forma:

• Isadora Pompeo: R$ 210.000,00 (show às 21h)

• Valesca Mayssa: R$ 180.000,00 (apresentação às 20h)

• Sarah Beatriz: R$ 100.000,00 (início às 19h)

As três cantoras são representadas pela empresa LL Vilas Eventos LTDA, responsável pela intermediação contratual. Elas irão se apresentar no mesmo palco e no mesmo dia, compondo a programação principal da Marcha.

Evento tradicional recebe apoio financeiro da prefeitura

A Marcha para Jesus em Goiânia é considerada uma das maiores mobilizações religiosas da capital. O evento integra o calendário oficial da cidade e atrai um público numeroso, composto por fiéis, líderes religiosos e diversas igrejas evangélicas. Com forte apelo social e espiritual, a marcha é apontada pela administração municipal como uma ação de impacto positivo nas comunidades cristãs.

Debate sobre uso de recursos públicos em eventos religiosos

Apesar de ser um evento consolidado no calendário cultural de Goiânia, a realização com verba pública pode reacender o debate sobre o financiamento de ações religiosas com dinheiro do contribuinte. Ainda assim, a gestão municipal defende a iniciativa como uma atividade de interesse coletivo, com retorno social significativo para a população.

Os valores mencionados não incluem outras despesas da produção, como palco, som, segurança e estrutura de apoio, o que indica que o total investido pode ser ainda maior.

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