O Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou uma mobilização nacional para a próxima terça-feira, 10, com o objetivo de exigir medidas legais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros acusados pela Polícia Federal (PF) de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
Rejeição à anistia e cobrança por justiça
Em comunicado oficial, o Diretório Nacional do PT enfatizou sua posição contrária à anistia para os envolvidos, destacando que “não será tolerada a absolvição de golpistas ou defensores de práticas autoritárias”. A legenda defende que todos os acusados, incluindo Bolsonaro, sejam responsabilizados por suas ações de acordo com a lei.
Denúncia de planos golpistas
O PT também repudiou um suposto plano investigado pela PF que incluía o assassinato de autoridades políticas, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Protestos em todo o país
As manifestações, organizadas em parceria com sindicatos e movimentos sociais, como a CTB e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, terão um ato central na Avenida Paulista, em São Paulo, às 17h.
Críticas ao “PL da Anistia”
O partido também se manifestou contra o projeto de lei 2.858/2022, apelidado de PL da Anistia, que busca perdoar envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo o PT, a proposta representa um retrocesso e ameaça a democracia brasileira.
Alteração no papel das Forças Armadas
Outra prioridade do partido é a aprovação de uma emenda constitucional que redefine o artigo 142 da Constituição. A proposta, apresentada pelos deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Alencar Santana (PT-SP), busca afastar as Forças Armadas de qualquer papel moderador na democracia e proibir militares da ativa de se candidatarem ou ocuparem cargos políticos.
Repercussões econômicas
O PT também comentou a recente reação negativa do mercado financeiro ao pacote fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A alta do dólar, que chegou a R$ 6,07, foi atribuída a “especulação de agentes contrários às reformas fiscais”, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.
Além disso, o partido apontou a resistência de setores empresariais à implementação de mudanças na jornada de trabalho e criticou o agronegócio e empresas beneficiadas por isenções fiscais, cobrando maior contribuição ao equilíbrio econômico.
Faria Lima no alvo
O comunicado também citou o setor financeiro da Faria Lima, em São Paulo, acusando-o de se opor frequentemente a políticas progressistas e de buscar manter privilégios econômicos às custas de avanços sociais.