A polêmica envolvendo os líderes religiosos Felipe Lino e Elisângela Terra movimentou as redes sociais nesta sexta-feira (2), após a Igreja Assembleia de Deus em Obra Missionária (ADEOM) divulgar uma nota de esclarecimento em que anuncia o perdão concedido ao pastor Felipe, que confessou ter mantido uma relação sexual com sua então noiva, a pastora Elisângela, antes do casamento oficial.
Em uma entrevista ao site Fuxico Gospel, o pastor Felipe Lino admitiu publicamente o envolvimento íntimo com Elisângela Terra. “A gente teve sim uma vida ativa. A minha igreja sabe, o meu ministério sabe, tá bom? As minhas ovelhas sabem. Tivemos sim”, declarou ele, ao ser questionado sobre o relacionamento.
Nota oficial da igreja
A diretoria da ADEOM, juntamente com seus vice-presidentes, esclareceu em nota que Felipe Lino reconheceu seu erro e confessou à igreja. Em resposta, a congregação decidiu perdoá-lo, destacando que o ministério cristão é chamado para perdoar e restaurar vidas.
“Nosso amado e querido pastor será disciplinado”, diz a nota. “O mesmo se apresentou antes, nós como membros não fomos enganados nem trapaceados. E como conhecemos o caráter do nosso líder, estamos aqui cercando ele com um muro de proteção chamado amor.”
Segundo a nota da denominação, Felipe Lino ficará afastado por tempo indeterminado de atividades como dirigente de cultos de libertação e consagrações, embora continue frequentando os cultos da igreja e poderá atender convites para eventos externos. A liderança reforçou que o ministério tem 14 anos e que essa é uma fase de disciplina, não de ruptura.
Postagem de Felipe Lino
Em sua conta no Instagram, o pastor agradeceu as mensagens de apoio e fez um desabafo:
“Tenho as minhas falhas, como todos têm. Porém, meu caráter e conduta são intocáveis. Isso não é orgulho, é postura de qualquer ser humano que preza pela verdade e odeia a falsidade.”
“Aos que me julgam e me sentenciam ao inferno, desejo que vocês tenham a minha coragem e que encontrem a luz”, completou.
Reações nas redes
A repercussão foi imediata. Internautas se dividiram entre apoio e críticas. Alguns apontaram que a confissão só veio após o escândalo ser exposto, e não como uma atitude preventiva e voluntária.
“Confessar seria se antes do escândalo vir à tona, vocês tivessem falado com a liderança para se afastar”, comentou um usuário.
Outros expressaram apoio:
“Fica firme, pastor Felipe, não se deixe abater, tem um batalhão de gente orando por você.”
Por outro lado, também houve repreensão severa:
“Está uma vergonha o que estamos vivendo no mundo evangélico. Líderes que deveriam ser exemplo mancham o nome de Cristo”, lamentou um seguidor.
Um debate sobre moral, perdão e liderança espiritual
O caso reacende o debate sobre conduta pastoral, disciplina e o papel do perdão dentro das igrejas evangélicas. Ao mesmo tempo em que muitos defendem a restauração e a misericórdia, outros clamam por padrões mais firmes na liderança cristã, especialmente em tempos onde o exemplo é cada vez mais exigido dos que estão no altar.
A pastora Elisângela Terra, até o momento, não se pronunciou publicamente sobre o posicionamento da igreja de Felipe.
Enquanto isso, a ADEOM segue tentando equilibrar a disciplina com a compaixão, sob os holofotes da opinião pública e de uma comunidade evangélica que clama por coerência entre palavra e prática.