Durante a campanha eleitoral em Feira de Santana, especialmente na reta final, um fenômeno preocupante chamou a atenção: a disseminação de fake news. Diversos sites, blogs, radialistas e jornalistas da cidade, que possivelmente patrocinados pelo Partido dos Trabalhadores (PT), espalharam notícias falsas alegando que o deputado Zé Neto, do PT, venceria as eleições para prefeito da cidade logo no primeiro turno.
Essas informações foram amplamente divulgadas, gerando um clima de euforia entre os apoiadores do candidato e confusão entre os eleitores. No entanto, ao abrir as urnas neste domingo (6), o resultado foi completamente diferente do que havia sido propagado. A vitória, ao contrário do que diziam as fake news, foi do ex-prefeito José Ronaldo, do União Brasil, e o candidato petista foi derrotado.
O feirense decidiu seu próximo prefeito ainda no primeiro turno das eleições municipais deste domingo (6). Com 50,32% dos votos, totalizando 165.970 eleitores, José Ronaldo (União Brasil) foi escolhido para comandar a cidade. Enquanto o petista, que segundo as pesquisas falsas, ganharia já primeiro turno, foi derrotado por Ronaldo e obteve 46,73% dos votos válidos, totalizando 154.147 votos.
A origem e os responsáveis pelas fake news
A questão que fica é: onde estão agora esses divulgadores de fake news que, durante o período eleitoral, trabalharam intensamente para manipular a opinião pública? O que eles tem a dizer agora para aqueles eles enganaram? Muitos desses veículos e profissionais de comunicação aproveitaram o momento de incerteza para espalhar desinformação, inflar expectativas e, de certa forma, influenciar o voto de parte do eleitorado.
Essas práticas levantam dúvidas sobre a ética profissional e os interesses por trás das ações desses comunicadores e sites. É preocupante ver como informações falsas foram tratadas como verdades absolutas e propagadas sem qualquer responsabilidade, colocando em risco a integridade do processo eleitoral e a confiança do público nos meios de comunicação. Mas, ainda bem que o eleitor feirense não caiu na armadilha.
A derrota de Zé Neto e o impacto da desinformação
Quando as urnas foram abertas, a realidade mostrou um cenário oposto ao que foi divulgado. José Ronaldo, do União Brasil, saiu vitorioso, frustrando as expectativas criadas pelos falsos prognósticos. Esse resultado evidencia a tentativa de manipulação promovida pelos divulgadores de fake news, que, ao não se confirmarem, colocam em xeque sua credibilidade e o compromisso com a verdade.
Os impactos dessa estratégia de desinformação vão além do resultado das eleições. Eles afetam a confiança da população nas instituições e nos processos democráticos. Eleitores que acreditaram nas notícias falsas se viram enganados e frustrados, o que pode gerar desilusão e descrença na política e no sistema eleitoral como um todo.
O silêncio dos responsáveis após a eleição
O que chama atenção agora é o silêncio dos responsáveis por essas fake news. Onde estão os sites, radialistas e jornalistas que tanto propagaram a ideia de que Zé Neto venceria no primeiro turno? Após a derrota do petista, muitos desses divulgadores simplesmente sumiram ou mudaram de narrativa, evitando prestar esclarecimentos ou assumir a responsabilidade pelas informações falsas que espalharam.
Esse comportamento levanta questões sobre a impunidade e a falta de regulamentação para combater a desinformação em períodos eleitorais. É crucial que esses casos sejam investigados e que, caso se comprove a prática de fake news com intenção de manipular o eleitorado, os responsáveis sejam punidos conforme a legislação.
O papel da sociedade e das autoridades na luta contra as fake news
É fundamental que a sociedade e as autoridades se unam para combater a desinformação e assegurar a transparência nas eleições. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e outros órgãos competentes devem investigar esses casos e garantir que os envolvidos em campanhas de fake news sejam responsabilizados.
Além disso, é importante que o eleitorado se conscientize sobre a importância de checar a veracidade das informações antes de compartilhá-las, principalmente em tempos eleitorais. A responsabilidade de combater as fake news é coletiva, e a construção de um processo eleitoral justo e transparente depende da participação ativa de todos.
A disseminação de fake news durante a campanha em Feira de Santana é um alerta sobre os riscos da desinformação e a necessidade de e fiscalizar certos meios de comunicação, especialmente em períodos eleitorais. É preciso que os responsáveis por essas práticas sejam identificados e responsabilizados, garantindo que a verdade prevaleça e que o eleitor possa fazer suas escolhas de forma consciente e informada.
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Jornalista (CRP/BA 0006663/BA), radialista (DRT 5072/BA) e youtuber. Como jornalista já atua há 10 anos e atualmente é diretor de jornalismo do Portal Veja Aqui Agora . Desde 1984, atua no rádio, começando sua trajetória na Rádio Fundação Ide e Ensinai, em São Gonçalo dos Campos, na Bahia. Também trabalhou na Radio Cultura AM, Carioca AM, Betel FM, Cidade FM. Foi diretor da Comunidade FM, todas em Feira de Santana e atualmente trabalha na Rádio Elos, onde apresenta o Programa Bom Dia Felicidade, de segunda a sexta-feira, das 10h ao meio dia, também na mesma cidade. Também dirigiu a Rádio Shekiná FM em Vinhedo São Paulo e trabalhou como apresentador na Jerusalém FM na capital paulista. Como youtuber, administra os canais “Veja Aqui Agora News”, com mais de 160 mil assinantes e “Edivaldo Santos News” com mais de 15 mil assinantes. Para contato: vejaaqui.agora@hotmail.com