Dois anos se passaram e, pelo andar da carruagem, o Brasil parece ter ganhado um novo personagem folclórico em sua política: um presidente que, ao invés de governar, virou um meme ambulante. Lula, que outrora se projetava como líder sindical e negociador de bastidores, hoje se resume a encenações públicas e discursos desconectados da realidade. Sua mais recente tentativa de se conectar com o povo foi aparecer vestido de trabalhador rural para convencer a população de que sabe como combater a inflação dos alimentos. O resultado? Virou piada, como quase tudo que faz ultimamente.
O teatro encenado na “horta do Palácio” só reforça a falta de um plano concreto. A promessa de reuniões com atacadistas para conter os preços parece mais um improviso do que uma estratégia real. Se resolver a inflação fosse tão simples, por que não fez isso antes? A resposta é evidente: Lula e sua equipe nunca tiveram um plano econômico sólido. O que se vê é um governo que se limita a gestos simbólicos enquanto o cidadão comum sente o peso da carestia na feira e no posto de gasolina.
A confusão do governo vai além das trapalhadas presidenciais. O próprio ministro da Casa Civil, após anunciar e recuar de um tabelamento de preços, veio a público sugerir que a população simplesmente consumisse menos laranja. Ora, se o problema fosse tão fácil de resolver, bastaria que o povo parasse de comer para vencer a fome, certo? O governo parece incapaz de compreender a realidade econômica do país e se limita a improvisos que não resistem ao primeiro teste da lógica.
O mais preocupante é que Lula nunca demonstrou real preocupação com a economia. Para ele, tudo se resume à política e à sua própria imagem. Desde a posse, empurrou a responsabilidade da inflação para o Banco Central, como se o governo não tivesse papel algum no descontrole fiscal. Nomeou aliados para cargos estratégicos, sem qualquer compromisso com a eficiência. Criou uma infinidade de ministérios e repartições, mas, na prática, nenhum deles conseguiu resolver os problemas que afligem a população.
No cenário internacional, a política externa brasileira virou um jogo arriscado de antagonismo com os Estados Unidos e um alinhamento incondicional com regimes autoritários. O governo parece acreditar que a China largará seus interesses globais para segurar a mão de Lula, ignorando que a política internacional não se guia por sentimentalismos, mas por interesses econômicos e estratégicos.
O Brasil precisa de soluções concretas, e não de mais discursos vazios e espetáculos teatrais. Enquanto Lula e seu governo continuarem preocupados com a criação de narrativas e não com a solução dos problemas reais, o país seguirá pagando a conta da incompetência. O povo não precisa de memes, mas de governantes que saibam, de fato, governar.
*Edivaldo Santos
A coluna Falando Sobre o Assunto com o jornalista Edivaldo Santos analisa e traz informações sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política, da economia, do gospel e em tudo que acontece no Brasil e no mundo. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e-mail veja.aquiagora@hotmail.com.