Em algum momento dos últimos dias, milhões de brasileiros pararam para refletir e se fizeram a mesma pergunta: como chegamos a esse ponto? A resposta pode ser dolorosa, mas é necessária. Estamos diante de um governo que admite publicamente que o Brasil está quebrado, mesmo depois de uma arrecadação recorde e de constantes aumentos de impostos. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, reconhece que se novas medidas não forem tomadas – leia-se, mais impostos – o país pode parar completamente. A ameaça é clara: shutdown no Estado brasileiro.
A fala de Haddad revela algo mais profundo do que uma simples crise econômica. Revela um fracasso estrutural e moral. O fracasso de um governo que arrecadou como nenhum outro, mas gastou sem controle, sem responsabilidade e sem compromisso com reformas reais. E o que é ainda pior: um governo que não pretende parar de gastar, mesmo diante do abismo.
A conta da irresponsabilidade chegou
Desde a eleição de Lula em 2022, apoiada por diversos setores da mídia, artistas e até membros do STF que trabalharam para “limpar o caminho” jurídico para sua candidatura, o Brasil caminha a passos largos para o caos fiscal. A máquina pública se tornou inchada, improdutiva e insaciável. Os ministros, muitos indicados por acordos políticos, parecem surpresos com as consequências de suas decisões passadas, como se o desastre não fosse previsível.
O Brasil está quebrado porque os pilares foram corroídos por decisões políticas populistas, compra de votos via emendas parlamentares, assistencialismo desenfreado e ausência completa de reformas administrativas, previdenciárias e tributárias. Tudo isso em troca de uma falsa sensação de estabilidade e de um projeto de poder.
O setor produtivo clama por ar – e recebe mais impostos
O setor que gera riqueza no Brasil – os trabalhadores, os pequenos empreendedores, os empresários que pagam impostos e produzem – está sufocado. A reação é de indignação. Como sustentar um Estado que cobra cada vez mais e entrega cada vez menos? A máquina pública brasileira não devolve em serviços a imensa carga tributária que recolhe.
A proposta do governo Lula é empurrar a conta para a sociedade. O discurso oficial fala em “revisar isenções”, mas na prática, isso significa tributar mais os que já não aguentam mais. E a consequência é previsível: menos crescimento, menos investimentos, menos empregos e, por fim, mais pobreza e desigualdade.
A herança maldita que será deixada
O mais assustador é que esse colapso ainda está em curso. O Brasil sairá desse governo não apenas quebrado financeiramente, mas moralmente desgastado, socialmente dividido e politicamente descrente. A frase que mais ecoa nos bastidores, inclusive de aliados do governo, é: “Vamos ter saudade da Dilma”. Um paradoxo doloroso, mas cada vez mais real.
Quando a história for escrita, será impossível esconder os nomes dos responsáveis. Os que “fizeram o L”, os que apostaram na volta de um modelo já comprovadamente fracassado, os que colocaram ideologia acima da racionalidade. A conta chegou – e ela é alta.
O Brasil precisa urgentemente de reformas estruturais corajosas, transparência nos gastos públicos e um compromisso sério com a responsabilidade fiscal. Continuar nesse caminho significa caminhar para o abismo. Mas a pergunta que fica é: haverá coragem política para mudar o rumo? Ou vamos continuar pagando a conta de decisões desastrosas feitas em nome de um projeto de poder?
Enquanto isso, o povo – aquele que acorda cedo, trabalha duro e sustenta o país – segue pagando o preço mais alto dessa irresponsabilidade.