O Ministério Público de São Paulo (MPSP) deu início a uma investigação sobre um culto evangélico conduzido pela cantora Baby do Brasil na casa noturna D-Edge. O evento, realizado na última segunda-feira (10), gerou polêmica após declarações da artista sobre perdoar agressores em casos de violência sexual.
Investigação em andamento
A iniciativa do MPSP ocorre em resposta a uma representação feita pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). A parlamentar apontou possíveis infrações cometidas durante o culto e criticou tanto a cantora quanto o estabelecimento que cedeu o espaço para o evento.
Denúncia e repercussão
Sâmia Bomfim acusou Baby do Brasil de incitação ao crime e condescendência criminosa, argumentando que suas falas contribuíram para o silenciamento de vítimas e a impunidade dos agressores. Segundo a deputada, ao incentivar o perdão em casos de violência sexual, a artista teria reforçado uma cultura de desestímulo às denúncias.
Reação pública
O episódio gerou grande repercussão nas redes sociais e no meio político, com opiniões divergentes sobre o papel da fé e do perdão em situações de violência. Enquanto alguns apoiadores defendem a liberdade de expressão religiosa, outros argumentam que falas como essa podem prejudicar avanços na luta contra a violência de gênero.
Próximos passos
O MPSP seguirá com a apuração dos fatos para determinar se houve violação da lei durante o culto. Caso sejam identificados indícios de crime, as partes envolvidas poderão ser responsabilizadas judicialmente.