Um vídeo de 2016, resgatado recentemente pela página “A Internet Não Esquece” no Instagram, voltou a colocar sob os holofotes as polêmicas em torno do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Nas imagens, o então senador da República e hoje deputado federal Lindbergh Farias faz duras acusações contra o Supremo Tribunal Federal (STF), a Rede Globo e setores militares, afirmando que o processo de afastamento de Dilma foi, de fato, um golpe de Estado com a participação direta de instituições que deveriam zelar pela democracia.
“O Supremo participou do golpe”, diz Lindbergh Farias
De maneira enfática, Lindbergh declarou:
“Na verdade é um escândalo isso que aconteceu, uma parte dos ministros do Supremo acovardados, de joelhos, com a pressão feita pela Rede Globo. Eu volto a dizer, usou até militares para chantagear o Supremo Tribunal Federal e a democracia brasileira.”
O então senador enfatiza que o STF teria agido sob pressão, permitindo que o impeachment seguisse sem a resistência esperada da mais alta corte do país. Ele afirma que o Supremo “chancelou o golpe desde o começo”, criticando ainda a confiança que setores progressistas depositaram no Judiciário naquele período.
Críticas ao Poder Judiciário e ao julgamento de Lula
O vídeo também mostra Lindbergh Farias criticando a postura da esquerda em relação ao Judiciário, especialmente após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no TRF-4:
“Se tem uma coisa que eu lamento é que muita gente nossa teve ilusão demais com o Poder Judiciário, com o Supremo Tribunal Federal. Eu fiz um discurso em São Paulo, fiquei até muito criticado, quando disse: chega de ilusão com essas instituições.”
Para o parlamentar, já estava claro à época que o sistema judicial brasileiro não agia com isenção, e que as decisões contra o PT e seus líderes eram parte de um projeto político para afastá-los do poder.
Repercussão e legado do impeachment
A fala de Lindbergh volta à tona em um momento em que o Brasil continua debatendo os impactos do impeachment de 2016 e o papel das instituições naquele processo. Com Michel Temer assumindo a presidência após a saída de Dilma Rousseff, os desdobramentos políticos, jurídicos e midiáticos continuam gerando reflexões intensas na sociedade.
Para Lindbergh, o impeachment de Dilma não foi apenas um ato legal, mas sim um movimento orquestrado para remover do poder um projeto político que representava milhões de brasileiros.
ASSISTA AO VÍDEO: