Na última terça-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto de Lei n° 3.090, que estabelece o Dia Nacional da Música Gospel a ser celebrado anualmente em 9 de junho. O anúncio provocou diversas reações e discussões no meio evangélico, com muitos criticando o que interpretaram como uma tentativa do governo do PT de se aproximar desse segmento religioso.
Líder da Lagoinha Global, o pastor André Valadão, foi um dos primeiros a se manifestar nas redes sociais. Ao compartilhar uma imagem da notícia divulgada pelo Pleno.News, ele declarou que “o Brasil não é brincadeira” e que “só não vê quem não quer”, sugerindo que a ação tem um caráter político.
Guilherme Batista, evangelista à frente do ministério O Retiro, também comentou no post de Valadão, comparando a medida a “um marido dando flores depois de trair a esposa”, fazendo referência ao que considera uma tentativa de agradar após ações passadas que teriam desagradado a comunidade evangélica.
Já o bispo Robson Rodovalho, da Igreja Sara Nossa Terra, também expressou sua opinião sobre o tema. Em declaração ao jornal O Globo, Rodovalho afirmou que a sanção do projeto é puramente política e não modifica a relação entre o governo e os evangélicos.
“A aprovação dessa lei não gera nenhum impacto real. O que vemos é algo totalmente político, pois não houve qualquer esforço significativo para construir um diálogo ou respeitar nossos valores cristãos”, declarou o bispo.
O cantor Asaph Borba, uma figura conhecida no cenário gospel, fez um comentário irônico em suas redes sociais sobre a criação da data comemorativa. Ele apontou os desafios que os músicos gospel enfrentam e brincou sobre a falta de impacto prático da medida.
“Músicos gospel do Brasil, atenção: este é o nosso dia – agora tudo vai mudar: aeroportos melhores, equipamentos de som de alta qualidade e mais royalties do ECAD. KKKKKKKKKKKK”, publicou Borba. Diante da repercussão de sua postagem, o cantor precisou emitir um esclarecimento, destacando a importância de se posicionar em defesa dos princípios cristãos e do respeito à família e à moral, acima da criação de um “Dia Nacional da Música Gospel”.
Segundo ele, é fundamental que os cristãos busquem coerência e priorizem ações que realmente impactem a sociedade e valorizem os valores bíblicos.