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Governo negacionista: Pesquisa aponta que 65,8% dos municípios têm falta de vacinas

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De acordo com a coluna do jornalista Tácio Lorran, do portal Metrópoles, um levantamento recente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) expõe um quadro preocupante de falta de vacinas em cidades de todo o Brasil. Participaram do estudo 2.895 municípios, dos quais 65,8% relataram a ausência de pelo menos um imunizante em seus estoques, com destaque para a vacina contra a varicela (catapora).

Dados Reforçam Alerta Anterior Sobre Falta de Vacinas

Os números atualizados confirmam a situação já apontada em novembro, quando reportagens revelaram o desabastecimento de imunizantes em 11 estados e no Distrito Federal. Entre as vacinas em falta estavam as contra Covid-19 para crianças, meningite, pneumonia, HPV, varicela, sarampo, caxumba e rubéola. Os estados mais afetados incluíam Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Principais Vacinas em Falta Segundo o Estudo

A pesquisa da CNM, realizada entre 29 de novembro e 12 de dezembro, revelou que:

  • Vacina contra varicela: Ausente em 1.516 municípios (52,4%).
  • Vacina contra Covid-19 para adultos: Faltando em 736 cidades (25,4%).
  • Vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche): Sem estoques em 520 municípios (18%), com ausência média de 60 dias.

Santa Catarina, Ceará, Espírito Santo e Minas Gerais destacaram-se como os estados mais impactados pelo desabastecimento de DTP.

Ministério da Saúde Contesta os Dados

Apesar do levantamento, o Ministério da Saúde divulgou nota oficial negando a situação. Segundo o órgão, “os estoques de vacinas no país estão abastecidos” e as solicitações dos estados foram atendidas nos últimos meses de 2024, assegurando a oferta de imunizantes e a proteção da população.

Impacto na Saúde Pública

A responsabilidade pela compra e distribuição de vacinas é do Ministério da Saúde, que deve garantir o abastecimento via Sistema Único de Saúde (SUS). A persistência dessa situação gera preocupação entre autoridades municipais e especialistas, pois a falta de imunizantes compromete a cobertura vacinal e aumenta o risco de surtos de doenças preveníveis.

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