Na última quinta-feira (23), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma entrevista marcante na CNN Brasil. Em um dos momentos mais comentados, o político abordou suas realizações como chefe de Estado, respondeu sobre o futuro da direita no Brasil e fez críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao ser questionado sobre o momento ideal para indicar um novo líder conservador como candidato, Bolsonaro respondeu com convicção: “Só aos 48 minutos do segundo tempo. Não estou impedindo ninguém. Quem quiser se lançar candidato, que fique à vontade. (…) Mas imagine se tornar inelegível como eu fui. Isso é uma injustiça. Não cometi crime algum.”
Realizações do Governo Bolsonaro
Na conversa, Bolsonaro fez questão de destacar os principais feitos de sua gestão, mencionando:
A ampliação do Bolsa Família;
A implementação do Pix;
A criação do Auxílio Emergencial durante a pandemia;
Aceleração na abertura de empresas;
Projetos de abastecimento de água para o Nordeste.
Ele também elogiou a equipe ministerial que compôs seu governo, ressaltando os avanços econômicos conquistados mesmo diante de desafios como a pandemia e o cenário internacional.
Críticas ao processo eleitoral
Respondendo sobre sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, Bolsonaro adotou um tom crítico. Ele afirmou que enfrentou uma campanha de oposição massiva, especialmente no âmbito do TSE, que teria influenciado o resultado eleitoral. “Eu ando pelo Brasil, o povo me ama. Durante a campanha, Lula não mobilizava multidões. O TSE impôs várias restrições, não pude falar sobre temas como o aborto, ou mostrar certas imagens que desfavoreciam o PT. Além disso, houve incentivo para jovens tirarem o título de eleitor, faixa que tradicionalmente vota no PT. Foram quatro milhões de novos eleitores.”
Irregularidades nas campanhas
O ex-presidente também alegou ter sido alvo de ataques injustos, como a perda de 1,5 milhão de inserções publicitárias e acusações falsas durante o período eleitoral. “Na reta final, tiraram de mim várias inserções, fizeram acusações mentirosas, chegando até a me chamar de pedófilo. Foi uma campanha desigual.”
Com seu futuro político ainda incerto, Jair Bolsonaro reafirmou que seguirá lutando para reverter sua inelegibilidade, permanecendo como um dos principais líderes do movimento conservador no Brasil.