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Eduardo Girão denuncia perseguição judicial contra Filipe Martins e questiona atuação do STF

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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) voltou a se manifestar publicamente contra o que classifica como abuso de autoridade e perseguição judicial envolvendo o ex-assessor de Jair Bolsonaro para assuntos internacionais, Filipe Martins. Segundo o parlamentar, Martins estaria sendo vítima de uma série de medidas restritivas injustificadas, mesmo após ter sido libertado da prisão.

Martins passou seis meses detido por suspeita de participação na redação de uma suposta minuta de golpe de Estado em dezembro de 2022. No entanto, Girão afirma que há provas consistentes de que o ex-assessor sequer deixou o Brasil naquele período, contrariando a narrativa de que ele teria acompanhado Bolsonaro em viagem aos Estados Unidos.

“Existem provas incontestáveis de que Filipe Martins permaneceu em território brasileiro durante o período investigado. Ele só havia viajado aos EUA pela última vez em setembro de 2022”, ressaltou o senador.

Apesar da libertação, o ex-assessor permanece submetido a medidas cautelares severas, incluindo o uso contínuo de tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais e a obrigação de se apresentar semanalmente à polícia. Girão criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, referindo-se a ele como alguém que age como “dono do Brasil”.

Multa gera polêmica e suspeita de coincidência com audiência nos EUA

Outro ponto destacado por Girão foi a recente multa de R$ 20 mil aplicada a Martins após sua imagem aparecer em um vídeo gravado por seu advogado, Sebastião Coelho. O vídeo, publicado há meses, foi usado como justificativa para nova penalização, o que o senador classificou como “coincidência suspeita”, já que ocorreu um dia antes de uma audiência nos Estados Unidos que investiga suposta adulteração de documentos para entrada de Martins no país.

“Esse processo nos EUA envolve indícios de fraude em registros migratórios. É fundamental esclarecer quem estaria por trás da possível adulteração. A audiência de hoje é crucial para que a verdade venha à tona”, comentou.

Defesa da anistia e críticas ao Supremo Tribunal Federal

Eduardo Girão também voltou a defender a anistia para os investigados relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele afirma que muitos estão sendo penalizados de forma desproporcional e denuncia o que considera um crescente avanço de medidas autoritárias por parte do Supremo Tribunal Federal.

“É urgente rever o tratamento dado a esses casos. O país não pode conviver com decisões judiciais que extrapolam os limites legais e se tornam instrumentos de perseguição política”, concluiu.

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